sábado, 2 de agosto de 2008

Pra que?

Castiguei, castiguei mesmo,
Castiguei porque mereceu,
senão eu num tava com essa sensação de satisfação
que brota de dentro de mim.

Volta e meia quando um chôro atinge meu ouvido
Nem sequer chocado fico...

...De tanto ouvir pranto
Meu ouvido se apredrô
De tanto rezá pra santo
Meu juelho se quebrô
De tanto me paralisar por espanto
Nem susto mais eu te dou

Que é na verdade isso que tu sente falta
De me atrevê a te deixar com medo
Da minha garantia de fidelidade
De te fazê olhar pra mim até com piedade

Como quem pega um pássaro caído do ninho
E cuida, pra soltar, e chega o dia;
Que o pássaro descobre que tem asas
e se pergunta...; pra que se atrevê a voltar?

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